18.06.09

Quando dei a este blog o nome de "o meu amigo imaginário" fi-lo intencionalmente. Confesso que não tenho nenhum amigo imaginário mas esse é um assunto que me interessa muito e descobri hoje, com a ferramenta do Google Analytics, que muitos leitores vêm aqui parar porque procuram encontrar na Internet coisas sobre esse tema.

Não sou psicóloga nem tenho qualquer formação nessa área embora tenha os meus interesses e a coincidência de ter um namorado psicólogo (por isso é que ele me entende).

Não sei se todos nós teremos um amigo imaginário mas a mim acontece, inúmeras e inúmeras vezes, dar por mim a falar sozinha, a ter conversas como estou aqui agora a ter convosco. Até foi por isso que criei o blog com este nome, para que ficasse tudo escrito e para que me parasse de torturar com conversas que não quero ouvir.

É como se ouvisse a minha própria voz a falar dentro de mim, é como se me visse nas situações e embora saiba que sou eu, não consigo sair ou acordar. Uma altura, com a moca, cheguei até a pensar que estava esquizofrénica e que imaginava realidades que não existiam. Sabia bem que estava toda f****** mas pensei que aquela zoeira na cabeça nunca mais fosse passar.

Sei que esse não é bem o conceito de amigo imaginário.Pelo que pesquisei do tema é normal e frequente as crianças imaginarem que têm um amigo e este pode ser invísivel ou personificado, por exemplo, o ursinho ou um boneco com quem brincam e falam. Este faz de conta, este mundo de ilusão é própria das crianças entre os 3 e os 6 anos.

No entanto, a partir desta idade, é recomendável procurar ajuda de um psicógolo e procurar actividades sociais que promovam a interacção com o outro porque imaginar um amigo é demonstrativo da dificuldade em lidar com sentimentos negativos como frustrações. Como não sou profissional da área não quero estar aqui a dar muitos palpites mas a todos os poucos meus amigos da Internet que me visitam, ainda que casualmente, gostava de lhes dizer que procurem ajuda, sem medo, porque todos temos o direito de ser felizes.

 


15.06.09

A Andreia era uma personagem muito curiosa. Lembrei-me dela mesmo agora, enquanto olhava pela janela e contemplava os prédios que aqui cresceram como cogumelos por entre montes e vales verdes e castanhos, pincelados por um céu arroxeado. Ela morava já mesmo aqui quase ao lado, por assim dizer. Não eram raras as vezes em que jantavámos juntas ou que ela vinha até cá a casa. Mas tinha uma pancada formidável. A Andreia. Um dia passou-se e mudou-se para Cabo Verde. Nunca  mais tive notícias delas e tenho saudades daquela alegria louca.


Conversas do meu amigo imaginário
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